23 julho 2006

Análise >> Carros (Cars)

Dar forma e alma a histórias fantásticas é uma das especialidades dos estúdios Pixar.

Depois de marcar para sempre a indústria cinematográfica em parceria com a Disney, o nome “Pixar” significa qualidade em animação digital.

Por isso, não é de se estranhar a ansiedade que sempre acompanha os lançamentos de seus novos filmes. Carros segue confirmando que, nessa área, não tem para mais ninguém.

Os carros são os protagonistas desta imperdível animação.
No centro da trama está Relâmpago McQueen, um carro de corrida estreante e ambicioso. Destaque nas pistas em busca do titulo máximo da Copa Pistão, ele disputa o troféu com outros dois carros, muito mais experientes do que ele.
O Rei é uma lenda nas pistas e está prestes a se aposentar. Chick Hicks está de olho na mesma posição que Relâmpago: a de novo queridinho das pistas.

A caminho de Los Angeles para a corrida que pode lhe dar a tão sonhada Taça Pistão, Relâmpago se perde e vai parar na pacata cidade de Radiator Springs, à beira da famosa Rota 66.
McQueen fica preso ao local depois de provocar um grande acidente que destrói a estrada que cruza a cidade. Relutante, ele permanece na cidade e, com o tempo, faz amizade com os residentes locais, como a bela Porsche Sally, Doc Hudson e o velho e simpático reboque Mate, que o ajudam a ver que há coisas mais importantes que troféus, fama e patrocínios.

Uma curiosidade: o sobrenome do personagem Relâmpago McQueen é uma homenagem a Glenn McQueen, animador da Pixar falecido em 2002. Inclusive, é para ele que os animadores dedicam o filme antes dos créditos subirem.

(Adaptado do texto/crítica do site Yahoo!Cinema)

A verdade é que Carros vale mais pela qualidade gráfica do que pela história, embora ambas se completem. Vale a pena assistir!

21 julho 2006

Análise >> Os Sem-Floresta (Over The Hedge)

Poucos sabem a origem dessa divertida história. Over the Hedge - título original do filme - são tirinhas de quadrinhos muito populares entre os norte-americanos, desde 1995, escritas por Mike Fry e ilustradas por T. Lewis, consultores criativos do longa-metragem.

Os Sem-Floresta conta a história de um grupo de animais liderado por Verne, uma tartaruga cuidadosa e metódica. Eles formam uma família estranha, composta por uma gambá pessimista, um casal de porcos-espinhos dedicado aos três filhos, uma sarigüê adolescente com vergonha do próprio pai e um esquilo hiperativo. Apesar das diferenças, eles são muitos felizes e vivem juntos em um tronco de árvore, até o fim do inverno. Quando acordam da hibernação, percebem algo muito diferente: um estranho muro formado por arbustos, limitando a floresta a um pequeno bosque. Do outro lado, um condomínio foi construído e eles se deparam com uma realidade totalmente desconhecida. Mas não para o manipulador RJ (Bruce Willis, na versão original), um guaxinim que se aproxima desta inocente família para recuperar toda a comida que roubou do urso Vincent (Nick Nolte).

Aventuras e perigos envolvem esses pequenos animais, mas o importante, em Os Sem-Floresta, são as lições deixadas, não só para o público mirim, mas para o adulto também. A animação é ecologicamente correta, mostrando o dano da invasão humana no hábitat dos personagens, que não sabem onde conseguir alimento. Algo simples, que se aprende rindo e se divertindo, sem aquele discurso demagógico de proteção ao meio ambiente, que faz qualquer criança dormir. Além disso, a animação resgata o valor familiar, tão fragmentado nos dias de hoje.

Sempre por meio da visão dos bichinhos, eles mostram peculiaridades sobre os seres humanos, como o fato de "viverem para comer" e não "comerem para viver". Com uma forte crítica ao consumo exagerado, eles provam que podem ser mais civilizados do que nós, tornando o filme mais inteligente do que possa parecer em um primeiro instante.

O humor deste filme se distância de outras animações da Dreamworks como Shrek, com suas tiradas irônicas que só os adultos entendem. Também diverge das cores e traços marcantes encontrados nos personagens caricatos de Madagascar. Os Sem-Floresta é um longa-metragem com personagens “fofinhos”, hilários, que contagiam a família inteira, independentemente da faixa etária de seus integrantes.

A mensagem é simples, o humor é direto, a animação limpa (sem exagerar na informação visual) e o roteiro criativo e cheio de possibilidades, tanto que os diretores Tim Johnson (Formiguinhaz) e Karey Kirkpatrick (A Fuga das Galinhas) já estão empolgados com uma possível continuação. Se a intenção era unir os familiares de todas as idades, o objetivo foi alcançado. Parece que na briga entre estúdios de animação, a Dreamworks está encontrando seu espaço.

(Adaptado do texto/crítica de Livia Brasil para o Yahoo!Cinema)

Eu já assisti com a minha namorada e adoramos. Você não vai se arrepender se fizer o mesmo.