11 agosto 2007

Análise >> Duro de Matar 4.0 (Live Free or Die Hard)

Doze anos depois do lançamento da terceira parte da série Duro de Matar (Duro de Matar: A Vingança é de 1995), os espectadores tomam contato novamente com um dos heróis mais durões de Hollywood, o detetive John McClane, eternizado por Bruce Willis e toda a sua masculinidade.

Em Duro de Matar 4.0, McClane está mais preocupado em vigiar sua filha (Mary Elizabeth Winstead) do que proteger os EUA de terroristas como acontece nos longas anteriores. Mas é claro que a ação não demora a aparecer na vida do policial e o que parecia ser uma tarefa rotineira o insere novamente na ação que fez sua fama. Quando a rede informatizada do FBI é aparentemente invadida, a segurança dos EUA é ameaçada. Para evitar uma catástrofe, a instituição convoca os principais hackers do país para que sejam devidamente entrevistados e averiguados. O objetivo é descobrir quem está a fim de acessar as sigilosas informações presentes no sistema do FBI. No meio de uma madrugada aparentemente comum, McClane é convocado a escoltar um dos suspeitos, Matt (Justin Long), mas a visita ao apartamento do jovem sai do controle quando ambos são atacados violentamente: é tiro e explosão para todo o lado. Enquanto os brinquedinhos e computadores de Matt são destruídos por um grupo de atiradores ainda não-identificados, McClane percebe no cheiro da pólvora que algo não está certo. Mas ele é um policial à moda antiga, não sabe nada de computadores, e cabe ao seu novo amigo especialista em computadores ajudar o policial a desbaratinar os planos dos vilões e salvar o mundo...

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Duro de Matar 4.0 traz um vilão sem carisma (vivido por Timothy Olyphant, de Pegar e Largar) que deseja sabotar os EUA ciberneticamente; enquanto sua área de ataque é o virtual, escondido atrás das telas de computador, McClane dá a cara para bater, literalmente, e, à sua maneira, tenta destruir o plano do vilão.

Duro de Matar 4.0 é o tipo de filme que exala testosterona. Com muitas explosões, tiros e seqüências de ação capazes de tirar o fôlego do espectador, o longa-metragem deve agradar mais aos marmanjos. Em tempos de super-heróis sensíveis, com crises existenciais, esta produção traz um protagonista que salva o mundo na base da porrada. John McClane não tem tempo de pensar no divórcio ou nos problemas afetivos com a filha quando tem todo o território norte-americano para salvar.

As situações em Duro de Matar 4.0 são tão absurdas que o espectador deve deixar a realidade fora da sala de cinema e essa é a maior fonte de diversão em produções como estas. No mundo de John McLane, derrubar um caça militar não é impossível, bem como destruir um helicóptero em pleno vôo com um carro. O importante, neste caso, é notar como a direção, assinada por Len Wiseman (Underworld), é capaz de aproveitar toda a ação proposta pelo roteiro.

Mesmo 12 anos após o lançamento do último filme da série, o personagem continua com seu humor sagaz. Além disso, Willis segue em boa forma, mantendo a força que o personagem pede. A trama é atual o suficiente para fazer com que o velho estilo “brucutu” do personagem seja colocado à prova numa realidade conduzida por redes de computadores. O que, claro, não o impede de salvar o dia. Afinal, John McClane representa o típico herói norte-americano, que combate vilões na base da porrada e, desde que se mantenha em mente que trata-se de uma ficção, funciona e diverte.

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