
Em Duro de Matar 4.0, McClane está mais preocupado em vigiar sua filha (Mary Elizabeth Winstead) do que proteger os EUA de terroristas como acontece nos longas anteriores. Mas é claro que a ação não demora a aparecer na vida do policial e o que parecia ser uma tarefa rotineira o insere novamente na ação que fez sua fama. Quando a rede informatizada do FBI é aparentemente invadida, a segurança dos EUA é ameaçada. Para evitar uma catástrofe, a instituição convoca os principais hackers do país para que sejam devidamente entrevistados e averiguados. O objetivo é descobrir quem está a fim de acessar as sigilosas informações presentes no sistema do FBI. No meio de uma madrugada aparentemente comum, McClane é convocado a escoltar um dos suspeitos, Matt (Justin Long), mas a visita ao apartamento do jovem sai do controle quando ambos são atacados violentamente: é tiro e explosão para todo o lado. Enquanto os brinquedinhos e computadores de Matt são destruídos por um grupo de atiradores ainda não-identificados, McClane percebe no cheiro da pólvora que algo não está certo. Mas ele é um policial à moda antiga, não sabe nada de computadores, e cabe ao seu novo amigo especialista em computadores ajudar o policial a desbaratinar os planos dos vilões e salvar o mundo...
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Duro de Matar 4.0 traz um vilão sem carisma (vivido por Timothy Olyphant, de Pegar e Largar) que deseja sabotar os EUA ciberneticamente; enquanto sua área de ataque é o virtual, escondido atrás das telas de computador, McClane dá a cara para bater, literalmente, e, à sua maneira, tenta destruir o plano do vilão.
Duro de Matar 4.0 é o tipo de filme que exala testosterona. Com muitas explosões, tiros e seqüências de ação capazes de tirar o fôlego do espectador, o longa-metragem deve agradar mais aos marmanjos. Em tempos de super-heróis sensíveis, com crises existenciais, esta produção traz um protagonista que salva o mundo na base da porrada. John McClane não tem tempo de pensar no divórcio ou nos problemas afetivos com a filha quando tem todo o território norte-americano para salvar.
As situações em Duro de Matar 4.0 são tão absurdas que o espectador deve deixar a realidade fora da sala de cinema e essa é a maior fonte de diversão em produções como estas. No mundo de John McLane, derrubar um caça militar não é impossível, bem como destruir um helicóptero em pleno vôo com um carro. O importante, neste caso, é notar como a direção, assinada por Len Wiseman (Underworld), é capaz de aproveitar toda a ação proposta pelo roteiro.
Mesmo 12 anos após o lançamento do último filme da série, o personagem continua com seu humor sagaz. Além disso, Willis segue em boa forma, mantendo a força que o personagem pede. A trama é atual o suficiente para fazer com que o velho estilo “brucutu” do personagem seja colocado à prova numa realidade conduzida por redes de computadores. O que, claro, não o impede de salvar o dia. Afinal, John McClane representa o típico herói norte-americano, que combate vilões na base da porrada e, desde que se mantenha em mente que trata-se de uma ficção, funciona e diverte.
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