Existem, basicamente, dois motivos que podem justificar uma refilmagem: dar uma nova visão, uma nova luz, a um tema já mostrado anteriormente pelo cinema, ou apresentar um assunto antigo a um público novo. Esta refilmagem de "O Destino de Poseidon" também só pode ser justificada pelo segundo motivo citado. Para as gerações que já curtiram o original de 1972, este remake nada acrescenta. Quem não viu o antigo pode experimentar o novo.
A estrutura dramática é a mesma de sempre: primeiro, uma breve apresentação dos personagens tenta criar alguma empatia com público. Afinal, ninguém torce por alguém que não conhece. Depois, vem o grande fator desencadeador da catástrofe. Neste caso, uma onda gigantesca que deixa de casco para o ar um enorme e luxuoso transatlântico. Em seguida, começa o "filme videogame", ou seja, o núcleo central de personagens é submetido a uma sucessão de situações das quais são obrigados a escapar... ou morrem. Uma sucede a outra com precisão matemática, como nas fases de um joguinho de computador. Daí, é sentar e deixar o tempo passar.
Como entretenimento puro e simples, o filme funciona, mesmo porque esbanja nos efeitos especiais, enchendo os olhos de qualquer um. O DVD, será também uma boa opção para os profissionais que fazem palestras de treinamento, já que seu roteiro é repleto de "exemplos" de trabalho em equipe, liderança motivacional e todos estes temas que a turma de Recursos Humanos adora.
Difícil dizer se propositalmente ou não. O fato é que o elenco parece ter sido escolhido em função se suas "experiências anteriores" com situações catastróficas. Richard Dreyfuss esteve em "Tubarão", Emily Rossum em "O Dia Depois de Amanhã" e Kurt Russell em "Stargate". Isso sem falar em Josh Lucas, que atuou no catastrófico Stealth – Ameaça Invisível...
Poseidon, apesar de ter sido um fracasso de bilheteria nos EUA, pode agradar os telespectadores que assistem esse tipo de filme por puro entretenimento e não para ficar analisando, criticando e tirando conclusões. Então... assista!
2 comentários:
infelizmente os roteiros dos filmes são basicamente os mesmos, um heroi, um vilão, e uma mocinha.
eu acho refilmar muito bom pois uma nova geração pode assistir pq raramente os jovens tem paciencia para um filme antigo.
Gostei da sua análise sobre o filme. Eu vi a algum tempo no cinema e gostei bastante. Nao pela historia, pq como o nosso amigo Fabiano disse no comentário acima, o roteiro é sempre o mesmo, mas sim pelos efeitos especiais que apresentaram na refilmagem.
Realmente, pra quem não quer ficar analisando, criticando ou tirando conclusões, como vc mesmo disse, rendem boas horas de diversão.
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