06 outubro 2011

Análise >> Sem Saída (Abduction)

NOTA: 7/10

De cara, Sem Saída (Abduction, 2011) enfrenta um preconceito de alguns públicos: Taylor Lautner está no elenco e é a estrela. No entanto, Alfred Molina, Maria Bello e Sigourney Weaver também estão e compensam.

A velha escola se destaca, mas trata-se de um filme que atende a demanda juvenil, portanto o investimento recai sobre a nova safra hollywoodiana, exibindo não só Lautner como também a atriz e apresentadora teen Lily Collins, filha do cantor Phil Collins. Resta ao público mais exigente aceitar.

O longa é eletrizante, abarrotado de ação cujos finalmentes terminam constantemente em indagações, tanto para os personagens quanto para o espectador. Dirigido pelo indicado ao Oscar John Singleton, esta obra promete faturar nas bilheterias...



Migrando por gêneros, o filme abre trazendo o dia a dia de Nathan com certo humor, adepto de aventuras radicais junto a amigos e entregue as bebedeiras em festas estudantis. Notamos sua atração por Karen e sua dificuldade em se aproximar da moça. Logo mais, ele está num setting terapêutico sendo atendido pela Dra. Bennett, relatando um contínuo sonho que deixaria qualquer psicanalista aturdido, mas seu discurso logo é ignorado pela terapeuta. O drama de uma vida se acentua. Em outro instante, ele luta violentamente com o pai no que parece ser um treino bastante natural e rotineiro quando percebemos a passividade de sua mãe Mara, assistindo aos socos e pontapés entre pai e filho. Algo está errado e o drama que se formava converte-se em ação eletrizante a partir de uma descoberta.

Roteirizado pela dupla Shawn Christensen e Jeffrey Nachmanoff, o filme não se prende a um potencial dramalhão sobre indagações de identidade, numa diretriz próxima a de A Identidade Bourne (The Bourne Identity, 2002), e tampouco por perdas familiares. O importante é dar motivo para pancadarias imediatamente após recentes descobertas sobre um passado impensável quando o protagonista se descobre num site de desaparecidos. Em busca da verdade, Nathan encara missões impossíveis e torna-se um amador duríssimo de matar, alguém incapaz de perder uma gota de sangue e isso não é um elogio. Um ode ao público masculino, mas também tem algo para cativar as garotas presentes, um intrigado romance e Lautner sem camisa. Sim, de novo, isso já se tornou marca por onde ele passa.

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