
Samson (voz de Kiefer Sutherland na versão original) é a estrela do zoológico de Nova York, conquistado a todos com seu rugido selvagem. Mas Ryan, seu filho adolescente (se é que podemos usar este termo em animais), ainda tem um rugido desafinado. Mesmo sabendo que com a idade ele encontrará seu lado selvagem como o do pai (que na verdade sempre contou histórias mentirosas par o filho), o pequeno leão resolve fugir para a floresta para poder se tornar um adulto forte e corajoso. Samson, então, vai atrás do atrás do filho, aventurando-se ao lado de um grupo bem peculiar de amigos, formado pela girafa Bridget, o esquilo Benny, o coala mal-humorado Nigel e a simpática (e meio burrinha) cobra Kazar.
O filme atribui sentimentos e atitudes humanas aos animais, o que é moda entre as animações modernas o que aproxima personagens e espectador. A animação acompanha, não sendo tão fiel, visualmente, à realidade. Dá a impressão que são animais de pelúcia no meio da floresta, dando à produção um aspecto de fantasia. Se encarado dessa forma, ponto positivo a Selvagem - que levou mais de um milhão de horas para ficar pronto. Vale citar, também, as primeiras cenas, quando Samson conta uma de suas aventuras na floresta (onde na verdade nunca esteve): são maravilhosas, de encher os olhos. Apesar da idéia do longa ter nascido há dez anos, ele mais parece uma reciclagem de animações já lançadas. Apesar disso, os personagens principais são bem construídos. Como é típico em animações com animais, há um coadjuvante que rouba a cena: o coala mal-humorado Nigel. Pode apostar: suas piadas são as melhores.
Selvagem é o primeiro longa-metragem dirigido por Steve "Spaz" Williams – veterano em efeitos digitais. O filme está longe de ser um marco na animação, nem mesmo coloca o nome da Disney entre os melhores estúdios de animação da atualidade. Pode ser classificado, no máximo, como "bonitinho". Mas, como a maioria dos desenhos, serve como entretenimento infantil e até mesmo adulto.
Entretenimento acima de tudo, inclusive das críticas.
Como eu digo: "Se o filme não é ruim, é bom". Selvagem se encaixa bem aí.
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