12 junho 2007

Análise >> Shrek 3º (Shrek The Third) (1ª análise)

O ogro mais famoso e querido de todos os tempos retorna em "Shrek Terceiro", produção que encerra muito bem a história do verdão, apesar de não ter o mesmo nível dos filmes anteriores.

Quando "Shrek" estreou em 2001, pegou todos de calças na mão. A história do ogro que se apaixonava por uma princesa enfeitiçada fazia pouco dos contos de fadas clássicos, ridicularizava clichês clássicos do gênero e conquistou todo mundo de imediato, tendo em vista a estagnação que esse tipo de filme estava sofrendo nos últimos tempos (principalmente por conta do "politicamente correto" que assombrava tais produções). Na seqüência, que estreou em 2004, nosso amigo verde se viu na difícil situação de conquistar o respeito dos sogros de sangue azul e ainda conseguir repetir o sucesso do primeiro filme, sendo bem sucedido em ambos os objetivos e levando pras alturas a expectatíva do estúdio, do público e da crítica para sua terceira aventura. Depois da saída de Andrew Adamson, o diretor dos filmes anteriores que fora comandar o épico juvenil "As Crônicas de Nárnia", eis que chega "Shrek Terceiro" com a ingrata tarefa de estar a altura de seus predecessores...

(Clique abaixo em "Leia mais..." para ler a análise completa e ver o trailer)

O filme, cuja premissa fora desenvolvida por Adamson, antes deste trocar "Tão Tão Distante" por "Nárnia", começa poucos dias após o anterior. Depois de Shrek cair nas graças de seus sogros, ele se vê na incômoda posição de sucessor do Rei, que retornara a sua forma de sapo no final do filme anterior. Não tendo a menor vocação para administrador, muito menos para realeza, o ogro camarada mal vê a hora de voltar com sua amada Fiona e para o seu querido pântano (mesmo que tenha que levar o Burro e Gato-de-Botas a tiracolo). Porém, após o falecimento do soberano (numa cena absurdamente hilária), a única maneira que o nosso herói encontra para não ter de assumir o cargo de rei é encontrar Arthur, o único outro na linha sucessória, para assumir o trono. Bagunçando ainda mais a cabeça de Shrek, Fiona ainda lhe avisa de que está grávida. Enquanto isso, um humilhado Príncipe Encantado busca uma forma de dar um golpe de estado e assumir o reino para si, tendo como aliados outros conhecidos vilões dos contos-de-fadas.

O que torna única esta franquia é a anarquia e a imprevisibilidade com que ela trata o desenvolvimento de sua trama. Sim, sabemos que haverá um final feliz, mas o modo em que chegamos lá é o que interessa. É nisso que esta nova aventura falha ocasionalmente. Apesar de ter alguns dos momentos mais inspirados da série, como a já citada morte do Rei Harold e o momento em que o personagem-título descobre que vai ser pai, o novo time criativo abusou justamente naquilo que fora um dos alvos mais constantes de piadas em toda a franquia, a "moral da história". A produção força demais nas mensagens moralistas, repetindo várias vezes a questão da paternidade e a do "seja você mesmo". Outro probelma é o fato dos realizadores não possuírem o mesmo timing criativo de seus antecessores. Enquanto, nos filmes anteriores, clichês eram cortados (ou mesmo pervertidos) logo em que eram insinuados, neste terceiro filme não são raras as vezes nas quais eles são desnecessáriamente alongados, como na canção da Branca de Neve ou mesmo no confronto no final do filme. A produção compensa esses defeitos graças ao carisma natural de seus personagens e às várias boas tiradas. Foi simplesmente genial a sacada de transformar as princesas clássicas em patricinhas fúteis e mimadas, além da ambientação de Arthur numa típica "high school" americana.

Já na parte visual, o filme continua a brilhar. Seja com as diversas criaturas ou mesmo com os "humanos", temos uma animação caprichada, bastante fluida, inserida em cenários muito bem feitos, num resultado final que agrada, e muito, o espectador. Graças a boa edição realizado por Michael Andrews (que também exerceu tal função em "Shrek 2"), o filme ganha ritmo, o que ajuda a passar por cima de algumas de suas falhas. As músicas escolhidas para embalar certas cenas são ótimas (especialmente "Live and Let Die"), embora aquelas que são cantadas em alguns momentos pelos personagens não sejam um primor da comédia (o efeito desejado). Já a dublagem do filme é um de seus destaques, quer você o assista na versão brasileira ou original (apesar de, nesta última, Justin Timberlake não ter um desempenho a altura de seus pares). Na versão nacional, Shrek agora tem a voz do competente Mauro Ramos, que dublou o simpático Sully em Monstros S.A., substituíndo o falecido comediante Bussunda, responsável pela dublagem do personagem em terras tupiniquins, nos filmes anteriores da série.

"Shrek Terceiro" é um encerramento digno e natural para a história desse personagem que encantou e divertiu muita gente - tanto que os já anunciados próximos filmes com o personagem se passarão em momentos anteriores ao primeiro filme. Apesar das várias falhas, suas qualidades são em maior número (e mais marcantes). Mesmo perdendo na comparação com os exemplares anteriores da série, esta nova aventura está longe de ser ruim, conseguindo divertir audiências de todas as idades. □

(Clique aqui para ler a sinopse e ver o trailer)

4 comentários:

Anônimo disse...

Cara! muito bom seu post!

estava lendo alguns sobre Shrek Terceiro o seu foi um dos melhores.

Você ja chegou a ver o spot de lançamento do Filme? em que os bebês da Fiona Ficam dançando Shake, Shake your Boooty? é muito legal..

vou colocar o link aqui pra você ver !
http://www.youtube.com/watch?v=wIsFfdV895k
Grande Abraço

Anônimo disse...

cara alison teu blog ta de maisss cara...po só assim eu posso ficar antenado nas novidades pq tu sabe que sou louco por filmes vlw mané...abrs.

Anônimo disse...

po eu vi ontem o filme e não gostei muito naõ...então estou aqui para colocar meu desapontamento....o filme tem muita lição de moral e pouca piada...poucas sátiras....não tem muitas cenas para vc gargalhar...e a trilha sonora tbm acho que deixou a desejar, ficou um negoço meio melancolico....até o burro ta meio sem graça em algumas horas....
vlw tai a critica.

Anônimo disse...

eu,gostei mais ou menos do filme ficou um, pouco melancolico devido a morte do rei e esqueceram um, pouco do umor.