
Baseado no livro homônimo best seller escrito por Robert Graysmith, Zodíaco acompanha as investigações acerca da identidade de um assassino que atua em São Francisco e algumas cidades vizinhas. A trama começa no feriado de 4 de julho de 1969, quando um casal de jovens é assassinado a sangue frio dentro de um carro nas proximidades da cidade norte-americana. Um mês depois, uma carta é enviada a quatro jornais de São Francisco; o remetente alega ser o autor desse crime e exige que uma mensagem codificada enviada em anexo seja publicada na primeira página da edição do dia seguinte. É quando começa a relação travada entre ele e a mídia. A partir disso, o assassino, que se apresenta como o Zodíaco que dá nome ao filme, passa a mandar cartas aos jornais sempre que comete – ou pensa em cometer – um assassinato...
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O caso desperta o interesse não somente do repórter Paul Avery (Robert Downey Jr.), que cobre a editoria policial no San Francisco Chronicle, mas também do cartunista Robert Graysmith (Jake Gyllenhaal) que, fascinado por códigos, passa a acompanhar com exagerado interesse o desenrolar da história. Paralelamente, o inspetor David Toschi (Mark Ruffalo) e seu parceiro, William Armstrong (Anthony Edwards), são os destacados da polícia para solucionar o caso.

Por isso, Zodíaco acaba agradando mais aos espectadores que preferem enigmas, como o cartunista que protagoniza o filme. Fincher consegue criar um clima tenso de expectativa durante as investigações de forma a envolver o espectador, que se vê mais preso às histórias dos protagonistas do que à do próprio assassino. Não espere algo parecido com "Seven – Os Sete Crimes Capitais"; Zodíaco é mais maduro do que isso, mostrando ser mais profundo do que um “filme de serial killer”, como é a produção citada. Não que um seja melhor que o outro; ambos são bons à sua maneira, mas o espectador que espera uma nova versão do longa dirigido por Fincher em 1995 pode se decepcionar.
Além de levantar questões bastante pertinentes, especialmente no estudo do impacto da imprensa na sociedade, mais ou menos como fez "Todos os Homens do Presidente" em 1976, Zodíaco traz uma história envolvente, que exige muito a atenção do público. No entanto, o sucesso do filme entre o grande público é restrito. Trata-se de um longa complexo, difícil, mas maduro o suficiente para conquistar muitos admiradores. Não é à toa que Fincher conquistou seu espaço em Hollywood e neste filme ele apresenta maturidade na direção.
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