13 julho 2007

News >> Ratatouille é mais um sucesso da Pixar


A Pixar acertou novamente. O novo desenho animado produzido pelos estúdios de Steve Jobs (e recentemente comprados pela Disney) é um dos melhores já realizados e tem tudo para agradar a todos os tipos de público, de todas as idades. É interessante notar como a Pixar Animation se supera a cada produção, apoiando-se basicamente em variações sobre o mesmo tema, ou seja, a vitória do talento individual sobre a mediocridade geral e coletiva.

Em Toy Story, os brinquedos – que são extremamente inteligentes, criativos e independentes – abrem mão de seus próprios talentos para entrar no jogo limitado dos humanos. É particularmente emocionante a cena na qual Buzz Lightyear descobre que ele não é, de fato, um astronauta, mas apenas o instrumento de brincadeiras de uma criança.

Em Vida de Inseto, a formiga Flick é hostilizada pelo formigueiro (nada mais coletivo) por que ninguém entende ou aceita o seu incrível talento individual de inventora.

O peixinho Nemo – portador de uma pequena deficiência física em sua nadadeira – é o mote propulsor de toda a aventura de Procurando Nemo por que se recusa a obedecer os limites impostos por seu assustado pai.

Em Os Incríveis, toda uma horda de super-heróis dos mais talentosos é proibida de exercer seus poderes para satisfazer à mediocridade geral de uma sociedade desprovida de talentos especiais.

Em Carros, Relâmpago McQueen, com sua arrogância, só traz a antipatia de todos os que estão a sua volta e aprende, com uma boa dose de carinho e compreensão de seus verdadeiros amigos, a ser mais humilde e amável demonstrando ser muito mais do que aquilo que sempre aparentou ser.

Os heróis da Pixar são estes indivíduos especiais e quase sempre solitários que ousam se erguer contra os padrões pré-estabelecidos impostos por uma coletividade ignorante.

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