11 setembro 2007

Análise >> A Hora do Rush 3 (Rush Hour 3)

É difícil achar filmes que “agradem a gregos e troianos” e, principalmente, mantenham a qualidade. Hora do Rush 3 é o tipo de produção que conquista a família toda, uma boa pedida na hora em que bate a dúvida sobre qual longa assistir. Evidentemente, há aqueles que apreciem mais o gênero da comédia, mas não há quem não dê boas risadas com a dupla Jackie Chan e Chris Tucker, que interpretam os agentes Lee e James Carter, respectivamente.

Desta vez, o embaixador Han (Tzi Ma) está de volta e precisa da proteção de Lee, pois descobriu um grande segredo da mais temida organização criminosa do mundo: a Tríade Chinesa. No momento em que vai revelar esse mistério, Han sofre um atentado e tem sua vida ameaçada. Sua filha, Soo Yung (Jingchu Zhang), a garotinha seqüestrada em Hora do Rush (1998), cresceu e também está sofrendo ameaças. Ela faz Lee e Carter prometerem que irão localizar e prender os criminosos. As pistas os levam a Paris e, o que poderia parecer uma nova tentativa de tirar férias, torna-se uma busca incansável pelos segredos da organização chinesa. O que Lee não espera é que esse novo caso irá colocá-lo de frente com seu passado e sentimentos deixados para trás (...)

(Para ler a análise completa, clique abaixo em "Leia mais...")

Conforme as produções começam a ganhar seqüências, a fórmula que conquistou o público na primeira versão tende a se desgastar. Em muitos casos, o diretor perde a mão ou o roteiro se torna fraco; os personagens também podem tornar-se cansativos e perder o encantamento. Hora do Rush 3 também está exposto a esses problemas, comuns em continuações. Mesmo assim, continua sendo uma ótima opção para um bom entretenimento. A trama é simples e direta demais em comparação aos anteriores; na cena final, parece que o roteiro foi cortado para alcançar os 90 minutos exatos de filme. Antes que pense no fator orçamento, Hora do Rush 3 custou US$ 140 milhões, sendo que o primeiro, de 1998, foi orçado em somente US$ 35 milhões.

A direção de Brett Ratner (X-Men: O Confronto Final), responsável pelos filmes anteriores, faz com que o longa mantenha a mesma linguagem visual, além da forma irônica e leve de conduzir os personagens, assim como os momentos de ação e cenas de luta, com direito a coreografias e malabarismos, sem desapontar o fã mais ardoroso. Jackie Chan e Chris Tucker conseguem segurar nas três seqüências da franquia a característica que fez de seus personagens um sucesso mundial: o entrosamento. Somente este fator já vale o preço do ingresso.

Em tempo: O cineasta Roman Polanski, diretor de O Bebê de Rosemary e Macbeth, faz uma ponta atuando como o excêntrico detetive francês Revi. Apesar de sua participação ser curta, já vale boas risadas. ▄

Nenhum comentário: