08 junho 2008

Análise >> As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian (The Chronicles Of Narnia: Prince Caspian)

Continuação de As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, de 2005, Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian é muito adulto do que o longa anterior. Baseado no quarto livro da série escrita por C.S. Lewis, o longa leva os irmãos Pevensie novamente às mágicas terras de Nárnia, dando um salto de 1.300 anos narnianos na história após a volta dos Pevensie à Inglaterra, ocorrida no filme anterior.

Em Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian - novamente dirigido por Andrew Adamson, o mesmo diretor do primeiro longa -, Pedro (William Moseley), Susana (Anna Popplewell), Lúcia (Georgie Henley) e Edmundo (Skandar Keynes) seguiram com suas vidas, mas os reis de Nárnia são convocados novamente ao reino para salvar seu povo do domínio dos telmarinos... (clique abaixo para ler mais)



Lá, eles se dão conta que a situação no reino é mais tensa do que imaginavam. Durante sua ausência, a Era de Ouro de Nárnia foi extinta, o reino foi conquistado pelos telmarines e agora está sob o domínio do maligno rei Miraz (Sergio Castellitto). Mas é claro que suas aptidões nobres são essenciais para que eles façam diferença na luta de Nárnia pela sua independência. Pedro, o mais velho, é exímio espadachim, assim como Edmundo; Susana e boa no arco e flecha e a mais jovem, Lúcia, tem para oferecer a inocência ainda presente em sua alma infantil, diferentemente dos irmãos, mais maduros. Eles contam com a ajuda do sobrinho de Miraz e autêntico herdeiro do trono, o príncipe Caspian do título – vivido por Ben Barnes – para lutar por Nárnia.

Por abordar assuntos mais pesados, como a guerra travada entre a população cheia de seres fantásticos e animais falantes de Nárnia contra os telmarinos, este segundo filme da série é mais bruto e cruel. A trama funciona como uma metáfora à própria adolescência, fase na qual as pessoas descobrem o mundo adulto, abandonando as crenças e a inocência da infância. Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian representa um amadurecimento da série, se comparado ao primeiro filme. Talvez o amadurecimento tenha ocorrido de forma abrupta demais, ocasionada pelo fato do roteiro ser inspirado no quarto livro escrito por Lewis. Ou seja, muita coisa aconteceu nos dois livros do autor que não viraram filme. A direção de arte e fotografia soa mais duros e sombrios, refletindo o momento no qual se encontra a saga.

Ao mesmo tempo em que a trama amadurece e fica mais obscura e violenta, o mesmo ocorre com os personagens, com a adição de um importante elemento nesta nova aventura, o príncipe Caspian. Ainda com efeitos especiais grandiosos e boa construção dos personagens fantasiosos imaginados por C.S. Lewis em sua obra literária, Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian destina-se a um público mais adulto do que a primeira aventura, tendo amadurecido junto com os espectadores que apreciaram o primeiro longa.

Em tempo: já está programada para 2010 a estréia de The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader que, sob a direção de Michael Apted – de filmes mais adultos, como Medidas Extremas (1996) e Nell (1994) – mostrará a volta de Edmundo e Lúcia a Nárnia.

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