01 setembro 2007

Análise >> Paranóia (Disturbia)

À primeira vista, Paranóia pode ser considerado uma versão jovem do clássico Janela Indiscreta, dirigido em 1954 por Alfred Hitchock. Mas a comparação entre os dois longas é injusta: o filme dirigido por D.J. Caruso não chega aos pés de Janela Indiscreta simplesmente porque Caruso não é Hitchcock. Ponto final.

Shia LaBeouf (Transformers), o jovem ator mais promissor atualmente em Hollywood, interpreta Kale, um jovem de 17 anos com traumas familiares que se envolve com um grande problema na escola. Por conta disso, é condenado pela polícia a ficar três meses em prisão domiciliar...

(Para ler a análise completa, clique abaixo em "Leia mais...")

Entediado até o último osso, ele passa a bisbilhotar os vizinhos como passatempo, especialmente a bela Ashley (Sarah Roemer), que acaba de se mudar para a casa ao lado. Quando desconfia que um dos moradores da vizinhança, o Mr. Turner (David Morse), pode ser um assassino, Kale fica obcecado em desvendar esse mistério, mesmo sem poder sair de sua casa. Para isso, ele conta com a ajuda da bela vizinha e o melhor amigo, Ronnie (Aaron Yoo).

O espectador sempre fica na dúvida se as desconfianças do protagonista não são apenas frutos de delírios ocasionados pelo confinamento. Esse jogo que o filme faz é interessante, até, mas não faz com que ele saia do lugar-comum. Sustos fáceis em sua maioria e um clima de suspense que envolve em alguns momentos compõem o longa-metragem, que tem uma resolução morna demais. Seu grande destaque acaba ficando por conta da presença extremamente carismática de Shia LaBeouf, que consegue segurar muito bem as passagens emocionais de seu personagens, bem como a tensão crescente na medida em que ele parece descobrir as intenções do vizinho.

Paranóia tem os toques de voyeurismo de Janela Indiscreta, bem como um desenvolvimento parecido com O Suspeito da Rua Arlington (1999). Ou seja, não há nada de muito novo nesta produção, mas até que ela cumpre o papel de criar um pouco suspense para as platéias menos exigentes.

Nenhum comentário: