18 fevereiro 2008

Análise >> Cloverfield: Monstro (Cloverfield)

A Bruxa de Blair está de volta, mas dessa vez ganhou as ruas de Nova York e assumiu a forma de um monstro ao estilo de Godzila. Brincadeiras à parte, é impossível não lembrar desses dois filmes ao assistir à Cloverfield – Monstro. Isso não quer dizer que seja ruim, pelo contrário: é um bom entretenimento para quem gosta de ação, suspense, romance e, principalmente, monstros.

Cloverfield – Monstro bateu todos os recordes de bilheteria em janeiro nos EUA, arrecandando US$ 41 milhões, apenas no seu primeiro fim de semana. Sendo que custou US$ 25 milhões para ser produzido...

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O enredo é simples, mas também não é o ponto forte do filme. Cloverfield – Monstro acompanha a história de Rob Hawkins (Michael Stahl-David), um jovem que mora em Manhattan e está prestes a dar um enorme passo em sua carreira, só que no Japão. Seus amigos resolvem fazer uma festa de despedida, mas a grande surpresa acontece quando misteriosas explosões invadem a cidade. Seu desajeitado amigo Hud Platt (T.J. Miller), que estava gravando depoimentos para Rob levar em sua mala, decide registrar a tragédia que baixou em Nova York.

Dessa forma, o enredo vai se desenrolando ao longo do filme. Sob o olhar assustado do jovem Hud e sua filmagem caseira, com imagens distorcidas, descentralizadas e tremidas, capazes de deixar o espectador com tontura nos momentos de correria. Mas, calma, isso passa e o cérebro se acostuma a receber as informações nesse formato diferenciado de linguagem visual. Por isso, há razões de sobra para compará-lo à A Bruxa de Blair, mas só no estilo de filmagem; o roteiro não tem nenhuma semelhança. Cloverfield – Monstro tem outras vantagens sobre o filme que revolucionou o terror no cinema. As cenas são mais dinâmicas, com muito mais ação, mostrando realmente o que está acontecendo, sem o público ter de usar a imaginação. Isso significa que, finalmente, o monstro será revelado na telona, já que a imprensa não conseguiu nenhuma evidência do tão especulado ser. Com direito a close e tudo mais.

Falando em monstro, parece que os norte-americanos finalmente acharam o seu Godzilla, porém tecnicamente mais bem-feito, esteticamente mais criativo, grotesco e, como conseqüência, mais assustador.

Apesar de Cloverfield – Monstro ter sido muito bem dirigido pelo inexperiente Matt Reeves (O Primeiro Amor de um Homem), o que chama a atenção na equipe é o produtor J.J. Abrams, o mesmo da série de TV Lost. Ou seja, quando se trata de temas surreais, ele é um expert.

Mesmo com tantos pontos positivos, este é o tipo de filme que divide a opinião do público. De qualquer forma, vale a pena ir ao cinema conferir e definir de que lado vai ficar.

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